*Por Anamélia Hurtado Moura, diretora comercial do Estik film
Estabelecido em 1972, o dia mundial do Meio Ambiente surgiu para despertar atenção de todas as esferas sociais para as questões ambientais.
Desde muito tempo as ações do homem geram grandes impactos negativos como poluição, destruição da biodiversidade, desmatamento, enchentes e mudanças climáticas. Frente a esse cenário, já identificamos uma evolução na relação do homem x natureza. A implantação de leis ambientais é um instrumento para nos orientar quanto aos direitos e deveres com a finalidade de promover a sustentabilidade. Contudo somente a legislação não alcança resultados tão relevantes. A união dos setores, privado e público em conjunto com a sociedade, possui potencial para o propósito que almejamos.
Uma das dificuldades encontradas pelo caminho, é a deficiência em todo o sistema, da educação ambiental. A desinformação gera uma errônea visão sobre o certo e o errado. Equivocada, a sociedade pune e condena o uso de materiais como o plástico, por exemplo.
Recentemente, campanhas de proibição do uso do plástico tem se estendido por todo o mundo, preconizando a substituição por outros tipos de insumos. Porém, se estudarmos e entendermos os processos de extração, fabricação e reciclagem, veremos que o plástico é sustentável. A Associação europeia Plastic Europe, que lidera e representa os fabricantes plásticos ativos na indústria europeia, informou que a cada 100 barris de petróleo extraídos, apenas 5% são destinados à produção do plástico. Uma porcentagem pequena e que não deveria ser motivo de tanto alarde.
As propriedades químicas e físicas do plástico, conferem um alto índice de reciclabilidade, ou seja, quando separados e higienizados, muitos tipos são 100% recicláveis e podem voltar ao mercado como matéria-prima, diminuindo a extração de elementos da natureza. São três os tipos de reciclagem, mecânica, química e enérgica. Os quais nesta última é possível a geração de energia por meio do resíduo.
Outras aplicações do plástico, tornaram o ambiente mais limpo, como a modificação das tradicionais estruturas de ferro nos automóveis por plástico. Mais leve, o veículo consome menos combustível e libera menos gases causadores do efeito estufa. Na agricultura, a plasticultura promove maior eficiência nas plantações e reduz o consumo de água e defensivos agrícolas, diminuindo a contaminação de solos e lençóis freáticos. Em aterros sanitários, o uso da geomembrana possui papel fundamental na impermeabilização e fechamento do mesmo. Dessa forma evitam a degradação do solo e águas subterrâneas e direcionam o chorume para as lagoas de tratamento.
Pauta de diversas matérias ao redor do mundo, a imagem impactante de máscaras encontradas nas praias de Hong Kong, nos trouxe à tona a falta de sensibilização da sociedade com o descarte correto dos resíduos. O plástico presente em itens de segurança essenciais em meio à pandemia, como máscaras, seringas, aventais, luvas, e etc, mais uma vez foi rotulado, equivocadamente, como vilão.
Em resumo, através de uma eficiente política de resíduos sólidos, forte fiscalização do cumprimento das normas, ativa participação da sociedade na tomada de decisões e cobrança do legislativo e incentivo a educação e informação, é possível reverter a degradação ambiental e salvar os recursos que ainda temos.
Atitudes individuais e coletivas que podem salvar o nosso planeta.