No dia 13 de janeiro de 2020 foi sancionada em São Paulo pelo prefeito Bruno Covas a lei municipal que proíbe o fornecimento de utensílios plásticos em estabelecimentos comerciais da cidade.
Mas será que a proibição do uso do plástico é a solução dos problemas? Esse foi um assunto muito debatido entre associações e empresas do segmento plástico.
A má gestão de resíduos sólidos no Brasil é um dos grandes problemas do país, dessa forma, a proibição dos materiais plásticos de forma isolada não seria a solução.
Tal questão deve ser abordada de maneira integrada, envolvendo e responsabilizando todos os setores: Setor público, indústria e sociedade.
Leis como essa causam um impacto em todos os setores de um país, trazendo insegurança jurídica, mexendo na competitividade e o planejamento financeiro das empresas, causando impacto nos investimentos, na geração de empregos e até mesmo na manutenção da atividade industrial.
Para a ABIPLAST (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), a melhor alternativa é a regulamentação da disponibilidade de produtos em estabelecimentos comerciais, com legislações que versem sobre a não distribuição espontânea e voluntária; incentivo à coleta seletiva e à logística reversa, bem como realização de campanhas de educação ambiental entre os consumidores para o descarte correto.
Além disso, a associação questiona a eficiência dos materiais alternativos e a capacidade de resposta do mercado para atender às novas demandas já que hoje, o Brasil não possui usinas de compostagem em escala industrial para que os produtos fabricados com material biodegradável, por exemplo, sejam descartados corretamente. A biodegradação em aterros tem emissão de gases de efeito estufa, impactando nas condições climáticas.
Em constante evolução, o setor busca sempre manter a relevância do material plástico para a sociedade, apresentando soluções inovadoras alinhadas com os princípios de sustentabilidade e da economia circular.
FONTE: ABIPLAST